Chegamos ao ponto de pensar que terceira idade é sinal de velhice, e estar velho é um dos passos para o fim. Nada disso, terceira idade é o começo dos pensamentos que já não se foram e experiências mais bem vividas; velhice é um estado de espírito, querer vivê-la é uma opção. Frases destruidoras como: “não dá mais tempo de viver o que tu queres”, apenas caracterizam um pensamento preguiçoso.

Ter saudade do que não aconteceu é sonhar, viver no ímpeto pensamento que nada acabou e tudo apenas está começando. Ter saudades do futuro é sentar numa cadeira de balanço e ir longe, viajar nos pensamentos que podem estar presentes no agora, ou apenas num amanhã reciproco; chegar ao amanhã sabendo que não é o ontem nem o depois que te influenciará nas suas decisões mais difíceis, nem muito menos o fracasso de outrora.

E o amor, onde se encaixa em tudo isso?

Ah, o amor! Ele é frenético e inconsequente em suas decisões, mas ao mesmo tempo é umas das melhores percepções para se viver. As sensações mais bem vividas são aquelas que causam um sentimento de arrependimento, sim, direito de ter vivido melhor dos mais vindouros tempos.

Já que foi falado do amor, vamos entrar agora no MEDO. Sim, o medo de não aproveitar o presente, e ter um futuro não aproveitado. O medo interfere em quase todos os sentimentos, ele amordaça a iniciativa de viver um grande amor e descaracteriza o ato de viver bem.

Fala-se muito no fim, mas esquecem que o começo é a chave principal para se descobrir o mistérios dos acontecimentos. Enfim, sentir saudades do futuro é pensar no amanhã não como o hoje, mas como peça principal dos momentos em que sentirá saudades do que não aconteceu.

Fernando Medeiros Filho...